sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sou negra de escuridão





Andando sem direção alguma,
Pés descalços, braços descobertos.
Senti frio, mas continuo andando.
Olhando para o céu,
Estrelas espalhadas,
Até elas olham para mim,
Esboçam um ar triste.
Um vento frio sobre mim paira
Ah! Sem esperanças alguma eu continuo,
É sim uma longa estrada,
E aqui me parece tão escuro,
E ainda, é só a minha alma,
Meu corpo eu deixei queimando.
Asas de dentro de mim,
Elas se escondiam,
E eu saio voando, sem rumo afim.
E sentia o espaço vazio que doía.
Asas de dentro de mim
Elas se escondiam
E eu saio voando, sem rumo afim.
E o espaço vazio, que em mim doía.
Lágrimas de sangue pingam no chão,
Ninguém me vê ninguém me ouve.
O desespero me encobre o rosto
E saiu sem saber correr.
Há uma luz, pode ser a última a ver.
Mas era um menino,
Uma lanterna, e retirou a flor.
E eu continuei seguindo.
E acabei me perdendo,
Até não mais me achar.

                                Wêide Oliveira

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